Bem pessoal. Vamos começando o ano de 2013 e esperamos que seja um ano onde as realizações no mundo da orquidofilia seja consistente e que traga alegria a todos.
Vamos iniciar o ano com uma postagem sobre a discutida evolução da Terra. Esperamos que ajude um pouco nas inúmeras discussões a respeito.
É muito comum hoje a discussão sobre a
poluição e a mudanças climáticas atribuídas a espécie humana. É uma discussão
acalorada cheio de prós e contras, havendo uma corrente que afirma que a Terra,
como planeta, tem vida própria, ou seja, a influência que a nossa espécie possa
ter, seria insignificante diante da evolução natural do Planeta.
A outra corrente, ao contrário, atribui a
devastação causada pelo homem como causa de inúmeros fenômenos climáticos e até
algumas catástrofes.
Saber quem está com a razão não é tarefa
fácil.
A corrente que culpa os homens pelas
mudanças, principalmente as climáticas, como o aumento da temperatura do
planeta, o derretimento das calotas polares, o assoreamento dos rios, as
diferenças dramáticas entre as estações de inverno e verão, defende que o homem
é o culpado. A principal acusação é com a devastação das florestas para geração
de alimentos, cada vez mais necessários para atender o aumento da população de
seres humanos. Essa devastação, segundo seus acusadores, vai desde a retirada
das florestas até o crescimento das grandes cidades. Claro que cada uma dessas
ações tem seu cunho comercial e tem uma vertente de ganho de poder e dinheiro,
exacerbando ainda mais a desconfiança e a não aceitação dessas atividades.
Essa corrente de pensamento é atacada pelos
defensores da tese de evolução natural, afirmando que a influencia dessas ações
são pouco expressivas para causar tanto problema. Segundo eles, um tsunami ou
um terremoto causa muito mais modificação que qualquer plantação de alimentos
possa causar em anos de implantação. Dizem também, e, na nossa opinião tem
certa razão, que também o interesse econômico se aproveita da tese dos chamados
“ecologistas” para inviabilizar o desenvolvimento de algumas regiões do planeta
onde estão os países em desenvolvimento, mantendo e até criando uma brutal
dependência dos países desenvolvidos.
Como é fácil de ver, a discussão é
interminável e difícil de se chegar a uma conclusão.
No nosso caso, as orquídeas sofreram, e
continuam sofrendo, com a devastação das florestas. Isso com todas as espécies,
mas principalmente com as orquídeas terrestres, porque, quando se trabalha a
terra para plantio ou construção (terraplanagem) as máquinas rasgam o solo, sem
que ninguém saiba se lá existe alguma orquídea terrestre em dormência.
Acredita-se que já tenhamos extinto espécies sem nem mesmo conhece-las.
Apenas para ilustrar um pouco essa
problemática toda, vamos ver, muito suscintamente, a evolução do nosso Planeta.
O Planeta se formou há quase
5 bilhões de anos, com a explosão de uma estrela Via Láctea espalhando poeira
pelo espaço. Os pedaços foram se juntando, devido a força da gravidade. Assim
surgiu o planeta Terra.
É importante dizer que,
segundos estudos bem recentes, a Via Láctea, que é a galáxia em que está a
Terra, existem cerca de 17 bilhões
de planetas rochosos com tamanho entre 0,8 e 1,25 vezes o tamanho da Terra. Ou
seja, são muito semelhantes do ponto de vista cósmico e sabe-se lá se nesse
volume todo de planetas não teremos uma “Terra
2”.
Começa assim as diversas
Eras, criadas pelos cientistas para melhor compreender os fenômenos, e dividir
o tempo segundo os mais importantes
ERA
ARQUEOZOICA
Teve início a cerca de 3
bilhões de anos. Notar que decorreram cerca de 2 bilhões de anos.
Nessa Era, as moléculas
estão espalhadas pelo planeta e a temperatura ainda é altíssima devido a
explosão estelar, fazendo com que surjam inúmeros vulcões. Tem-se também uma
chuva constante de meteoros.
ERA
PROTEROZÓICA
Iniciou-se a 2 bilhões de
anos. Temos então 1 bilhão de anos na Era Arqueozóica.
O Planeta se esfria, os
eventos geológicos e cósmicos (vulcões e chuva de meteoros) diminuem e forma-se
a camada de ozônio, tornando os raios solares menos nocivos, propiciando o
desenvolvimento de formas de vida mais complexas.
A 1 bilhão de anos, ainda na Era Proterozóica, aparecem as primeiras
células com um grau maior de complexidade e a vida começa a ficar mais intensa
no Planeta.
A 600 milhões de anos surgem os primeiros invertebrados e a vida no
Planeta aumenta extraordinariamente.
ERA
PALEOZÓICA tem início a 400 milhões de anos
Essa Era é marcada pelo
aparecimento dos anfíbios. Ainda tem-se os continentes todos unidos em um único
bloco, e começam a surgir os vegetais primitivos.
A 300 milhões de anos tem início o domínio dos grandes répteis, que
rapidamente dominam o Planeta. Os insetos também tem grande variedade e se
implantam definitivamente.
Tem inicio a ERA
MESOZÓICA a 200 milhões de anos e é
marcada pelo aparecimento de pequenos mamíferos, muito semelhantes a répteis e
algumas plantas começam a apresentar flores, o início de reprodução por
sementes.
Os dinossauros foram
extintos a 65 milhões de anos por
motivos ainda discutidos, tendo alguns defensores do choque de um meteoro que
teria provocado uma imensa nuvem ao redor da Terra matando os vegetais. Com
isso os dinossauros herbívoros desapareceram primeiro, fazendo com que os
carnívoros ficassem também sem alimento, e daí a extinção total.
Esse evento, por paradoxal
que pareça, provocou um aumento enorme da vida no planeta, pois não havia mais
a voracidade dos dinossauros.
As aves se espalham pelo
planeta inteiro e os mamíferos ficam maiores, mais diversificados e começam a
dominar o planeta.
Finalmente entramos na atual
ERA CENOZOICA que está até hoje e surge o homem primitivo a
aproximadamente 100 mil anos.
Se fizermos as contas,
veremos que 100 mil anos em 5 bilhões é 0,000002%
de permanência do homem da Terra.
Quer nos parecer que,
independente de quem tem razão se os ecologistas ou os outros, o homem está a
muito pouco tempo na Terra pra tanto estrago.
Mas, como nosso assunto é
orquídea, estou postando abaixo uma foto de uma Rincholaelia Digbiana,
variedade Fimbripétala, da nossa associada Miriam.
É uma planta pouco comum e
prestem atenção no fimbriado das pétalas, já que o labelo todas tem.